la banalité
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la banalité 〰️ la banalité 〰️
“XXIV O que nós vemos das coisas são as coisas.Porque veríamos nós uma coisa se houvesse outra?Porque é que ver e ouvir seria iludirmo-nosSe ver e ouvir são ver e ouvir?O essencial é saber ver,Saber ver sem estar a pensar,Saber ver quando se vê,E nem pensar quando se vê,Nem ver quando se pensa.Mas isso (triste de nós que trazemos a alma vestida!),Isso exige um estudo profundoUma aprendizagem de desaprenderE uma sequestração na liberdade daquele conventoDe que os poetas dizem que as estrelas são as freiras eternasE as flores as penitentes convictas de um só dia,Mas onde afinal as estrelas não são senão estrelasNem as flores senão flores,Sendo por isso que lhes chamamos estrelas e flores.”